A Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) apresenta várias vezes fornecimentos duplos à mesma empresa. Partição de despesas não cheira lá muito bem: é gato escondido com o rabo de fora. Consultores de eventos e publicidade, não será demais? Quanto à manutenção dos edifícios e dos equipamentos nada. Quanto ao software, relembramos aqui as observações da ANSOL.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
DGIEE do MAI: sem reparos
A Direcção-geral de Infra-Estruturas e Equipamentos (DGIEE) do Ministério da Administração Interna (MAI) é um exemplo sem reparos de 23 ajudicações (2 já em 2009), distribuidas por 3 meses, no valor de 1.645.869,37 € . Apesar do PRACE, ainda resta alguma competência na Administração Pública. E, claro, a competência começa nos dirigentes. Evidentemente.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Arco da Rua Augusta, Arco da Trapalhada
As Direcções Regionais de Cultura são uma lição. As DRC's do Norte e do Centro não apresentam ajustes directos na BASE e as DRC's do Alentejo e do Agarve apresentam um cada uma, ficando-nos a ideia que os algarvios consultaram mais que uma firma.
Em contrapartida, a DRC de Lisboa é um caso paradigmatico de trapalhada: 12 contratações num só dia! E não só.
A firma adjudicatária das obras do Arco da Rua Augusta faz uma empreitada entre o dia 18 de Dezembro 2008 e 11 de Janeiro de 2009 (24 dias) no valor de 74.351 € e simutâneamente faz no mesmo local outra entre os dias 29 de Dezembro 2008 e 9 de Janeiro de 2009 (11 dias) outra empreitada no valor de 74 615 €. É mesmo de mentes brilhantes !
Se acrescentarmos que a adjudicação do projecto a uma "conhecida" firma projectista foi em 29 de Dezembro de 2008, por 9 500 €. em 6 dias, ficamos conversados. Começou-se a tal obra do Arco da Rua Augusta sem projecto o qual é concluído no dia 4 de Janeiro 2009 (5 dias antes do fim das obras !). É obra !
Se, além de tudo isto, ainda acrescentarmos que a concepção da exposição do Arco da Rua Augusta foi adjudicada, no profícuo dia 29 de Dezembro de 2008, a uma firma que tem um objecto social curiosíssimo* (como se pode ver nas publicações online da DGRN ) a trapalhada fica completa.
Nem vale a pena falar das outras contratações.
Estas DRC's são mesmo para acabar depois das eleições, não é Senhor Ministro da Cultura ?
Quando se trata assim um monumento nacional, fica tudo dito.
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* terapia quantica, bioenergia, terapias breves, psicoterapias corporais, biocibernética, controle de stress, formação e consultoria, importação e exportação de hardware e software, comercialização de produtos naturais, tecnológicos e formativos.
Nota: Este artigo - como, de resto os anteriores - baseia-se em dados públicos online, a saber: portal BASE, portal transparencia-pt e publicações online da DGRN. Veja também o artigo DRCLVT no Guinness . Considerou-se data de início das contratações o dia seguinte da data de registo do ajuste directo na BASE.